
DOCUMENTÁRIO
O SÉCULO DO EGO
SINOPSE: Este documentário é sobre o uso de conceitos da psicanálise no século 20 para manipular as massas com objetivos políticos e comerciais. Importantes membros da família Freud, como sua filha Anna e seu sobrinho Bernays têm papel de destaque nesta história, em que o ser humano é tratado pelos poderosos como criaturas irracionais e perigosas, que deveriam ser manipuladas por aqueles que se julgavam esclarecidos. As consequências destas políticas se desenrolam até os dias atuais.
EPISÓDIO 1: Um dos conceitos mais importantes da Psicanálise, divulgada por Freud no início do século 20, era o do inconsciente, e seus perigoso impulsos irracionais.
As teorias de Sigmund Freud ainda eram rejeitadas no ocidente. Constrangedoras e assustadoras para boa parte da sociedade Vienense, a psicanálise ainda era uma indesejada inconveniência para os poderosos.
Após a primeira guerra, Freud fica ainda mais convencido de que os perigosos impulsos que ele descreve em suas teorias são verdadeiros. A brutalidade da guerra lhe parece uma prova de que ele está certo ao considerar o ser humano como portador de perigosos anseios e impulsos difíceis de controlar, uma vez libertados.
Edward Bernays, seu sobrinho americano, usa da psicanálise de forma diferente, aplicando-a em sua especialidade: a propaganda. É o começo da utilização de conceitos da psicanálise para manipulação dos indivíduos através da propaganda. Seu sucesso no mundo dos negócios é assombroso.
Bernays faz sucesso também na política, ao utilizar seus talentos a serviço de Woodrow Wilson, um dos primeiros políticos a empregarem as novas ferramentas psicanalíticas da propaganda, através de Bernays.
EPISÓDIO 2: A CONSTRUÇÃO DO CONSENTIMENTO - As experiências do Exército Americano com os soldados da 2ª guerra mostra que seus anseios e problemas podem ter relação com impulsos internos aterradores. Diante disto, os psicanalistas buscam novo experimento social que visava controlar esta tendência na sociedade.
EPISÓDIO 3: As idéias de Freud sobre a periculosidade dos sentimentos humanos eram desafiadas por psicanalistas renegados, nos anos 50. Estes afirmavam que não só os sentimentos humanos não eram perigosos, como deviam ser, de alguma forma, liberados ou expressos, pelo indivíduo. Willhelm Reich, um dos psicanalistas renegados, enfrentara diretamente Anna Freud, filha de Sigmund Freud e principal porta-voz da psicanálise. Embora seu trabalho tenha sido posteriormente destruído, após sua expulsão do conselho mundial de Psicanálise, sua influência, junto à dos psicanalistas que buscavam um ser humano mais expressivo e aberto às suas vozes internas, alimentaria vários novos movimentos sociais/psicanalíticos.
Episódio 04
Com o surgimento das pesquisas de Valores e Estilos de Vida, toda uma nova forma de pensar os indivíduos tornou-se lugar comum no mundo dos Negócios. No entanto, políticos ainda relutavam em usar este modelo de pesquisa para manipular sua imagem junto aos idealizados “individuos-consumidores”, que proliferavam nesta nova cultura de consumo.
DOCUMENTÁRIO
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BATMAN DESMASCARADO - A PSICOLOGIA DO CAVALEIRO DAS TREVAS
CIENTIFICAMENTE O MAIS PLAUSÍVEL DOS HERÓIS
Hoje, trago o documentário do canal History Channel, falando sobre a psicologia por trás do personagem Batman e de seus vilões.
O que faz Batman ser um herói tão fácil do público se identificar, é o fato de que ele é plenamente possível. Ele não veio de outro planeta, não é fruto de uma mutação genética, não tem superpoderes. Batman é um homem normal, um homem que tinha todos os motivos para sequer se importar com os problemas do mundo, mas que decide usar sua inteligência e dinheiro, em busca de justiça.
Quem é o verdadeiro homem? Batman ou Bruce Wayne? Qual a identidade, a personalidade real? Não seria o bilionário playboy o verdadeiro disfarce de Bruce Wayne?
"Os inimigos definem o herói. Quanto maior a ameaça, maior o herói"
(Dan Di Dio)
Se Batman não tem nenhum superpoder, como pode ser considerado um herói? Na verdade o que distingüe e singulariza o personagem Bruce Wayne, e conseqüentemente seu alter-ego justiceiro, são duas qualidades que não são compartilhadas pela maioria das pessoas: auto-controle e auto-disciplina. O que faz Bruce ser um herói de verdade é o fato de não se permitir perder o controle frente aos piores desafios, o não se deixar levar por sentimentos de ódio e vingança. Por pior que seja o inimigo, Batman não o mata. Ele cria maneiras de capturar os criminosos e levá-los frente à justiça, permitindo que sejam formalmente acusados, processados e punidos pelos seus crimes. A auto-disciplina rigorosa do personagem também permite que ele pareça ser sobre-humano. Bruce vai mais longe do que qualquer homem ou mulher comum e enfrenta seus medos. Literalmente. A cena em “Batman Begins” que melhor demonstra o auto-controle e auto-disciplina do bilionário, é quando Bruce volta ao poço onde havia caído quando criança, e enfrenta os morcegos, que haviam se tornado uma fobia intensa desde sua infância, encarando-os de frente e ficando de pé, enquanto voam ao seu redor. Quantas pessoas conhecemos (e nisso devemos nos incluir) que são capazes de exporem suas fragilidades, seus piores medos e de enfrentá-los olhando-os de frente, sem hesitar, tudo em nome de um ideal ou objetivo maior, seja pessoal ou coletivo?
O documentário traz também uma análise sobre as principais doenças mentais e psicoses que podem ser encontradas nos vilões de Batman. A maldade encontrada nos inimigos do herói poderia ser um reflexo de seu próprio lado sombrio, demonstrando o que acontece a um ser humano quando se deixa levar por baixos ideais. A própria fantasia de Batman, a roupa de morcego, possui uma simbologia que reside já no inconsciente coletivo popular invocando algo obscuro ou maligno. O morcego, normalmente é associado à figuras demoníacas ou como uma representação animal de tudo aquilo que é desconhecido, estranho, e portanto ligado a coisas ruins. Batman luta contra o mal, vestido como um vilão.
Porém, o personagem mais pertubador não só do último filme de Batman, “O Cavaleiro das Trevas“, mas de toda a mitologia do herói é o vilão Coringa, estupendamente representado pelo falecido ator Heath Ledger. O Coringa representa tudo aquilo que não pode ser controlado, que não pode ser comprado, que não pode ser convencido. Ele é a personificação do mais puro caos, em sua pior forma: a destruição, seja ela de idéias, sonhos, ou apenas construções materiais. Ele não tem motivos racionais, não busca fama, não busca poder, não busca dinheiro ou controle. Ele apenas quer ver o mundo pegar fogo. Ele quer provar que nada é como parece, e que não existe algo como “pessoas inocentes” ou “ideais puros”. A moralidade é uma máscara muito fácil de ser destruída. O Coringa não é apenas perigoso pela destruição e caos que pode proporcionar, mas pelo simples fato que ele ameaça tudo aquilo que Batman representa: justiça, esperança, compaixão. Ele é o único personagem que pode mostrar ao Batman àquilo que ele não quer encarar: o seu próprio lado sombrio e perigoso. É por isso que os dois personagens são tão parecidos. São inteligentes, bons no que fazem, e não há nada de lógico por trás de todos os seus esforços. Observe que Batman também não procura fama, dinheiro, poder ou controle. Ele também não pode ser convencido. É por isso que ambos são tão perigosos, no caso do herói, a sua periculosidade é apenas potencial.
É por isso que Batman é um personagem tão fascinante, e ao mesmo tempo tão comum, a ponto de ser realmente possível a existência de um herói como ele. O que o diferencia de seus inimigos é apenas um apego a um ideal mais elevado.
E não é assim em nossas vidas?
"Não há nada a temer, a não ser o seu próprio medo"
(Dr. Jonathan Crane - Espantalho)
O documentário possui quase 45min, e está completo, abaixo dividido em cinco partes:
DOCUMENTÁRIO
BATMAN DESMASCARADO - A PSICOLOGIA DO CAVALEIRO DAS TREVAS
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